Conflitos de interesse não existem?

Willy Werlang • 28 de junho de 2020

Na semana passada, o banco Itaú veiculou uma propaganda em horário nobre em que um ator se mostrava arrependido por ter “investido em corretora”. A peça ironizava ainda o assessor de investimentos que, ligado à tal corretora, não parava de telefonar para o cliente indicando novos investimentos, em busca de melhorar sua comissão. O filme deu o que falar. A maior rede comercial de investimentos do Brasil, a XP, respondeu através de um duro comunicado, em que acusa os bancos de preferirem o “Brasil do passado, com juros altos e baixa concorrência”. E defendeu o modelo de comissionamento dos assessores XP, argumentando que o modelo é “transparente”.


A campanha tocou em pontos importantes. O investidor brasileiro atua majoritariamente através dos bancos de varejo e tem pouco conhecimento das possibilidades que estão à sua disposição no mercado. Considera que investir através do banco é mais seguro, ignorando que o risco dos investimentos está principalmente na escolha dos ativos que irão compor a sua carteira e não na corretora. E como não é fácil escolher investimentos, ele acaba dependendo da intermediação de agentes que, às vezes, operam de forma pouco clara.


Nesse sentido, o Itaú e a XP são muito parecidos. Ambas as empresas se utilizam do mesmo modelo comercial, que está baseado em remunerar o agente em cima do que ele recomenda ao cliente. Todos os produtos apresentados por um gerente de banco ou por um assessor de investimentos pagam comissão e rebates. Além disso, estes profissionais estão subordinados a metas de vendas e captação. As duas entidades também são pouco transparentes em relação a essas regras. É raro que um cliente saiba quanto cada produto paga de comissão ao agente. Muitos, sequer, se interessam pelo assunto.


Não é errado “ganhar dinheiro”, como diz o presidente da XP. E o modelo descrito acima não é ilegal, ao contrário. Mas não dá para dizer que ele prioriza o cliente. Em resposta à controvérsia, a Anbima (entidade autorreguladora do mercado) emitiu nota informando que defendeu junto à CVM que a remuneração dos agentes (e outros custos) seja aberta ao investidor: “Acreditamos na transparência como norte para a atuação das instituições, especialmente no relacionamento com o cliente”. E complementa: “todos esses movimentos fortalecem a indústria de gestão, cujo papel estratégico se faz ainda mais relevante diante da busca por diversificação, especialmente no atual cenário econômico”.


Gestão é o que a Maza faz. Monitoramos milhares de ativos financeiros e o contexto econômico atual para definir quais são os melhores investimentos para cada carteira. Auditamos e reportamos ao cliente cada lançamento, cada taxa, cada custo. E não podemos receber comissões ou rebates: a única remuneração da empresa é a mensalidade paga pelo cliente. Ao contratar a gestão, o cliente sabe que o seu investimento não tem vícios de escolha, e nem custos escondidos para remunerar agentes comerciais. Além disso, em algumas das corretoras de mercado, o cliente da gestão faz jus ao recebimento das taxas de promoção comercial que alguns produtos pagam. Já que a Maza não pode receber esses valores, eles são devolvidos diretamente ao cliente.



Não é apenas mais ético: também entrega melhores resultados.


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No momento de montar uma carteira de investimentos, é comum pensar em fatores como rentabilidade, risco e liquidez. No entanto, uma questão menos visível, mas igualmente relevante, é o conflito de interesses. Esse problema ocorre com mais frequência do que se imagina e pode afetar os resultados do seu portfólio. A questão se torna mais grave quando não há transparência na relação entre o cliente e o profissional que presta o suporte para a realização dos investimentos . Nesse contexto, aprenda neste artigo o que é o conflito de interesses e como ele pode afetar o desempenho da sua carteira! O que é o conflito de interesses? O conflito de interesses ocorre quando as vontades de duas ou mais pessoas são conflitantes. No mercado financeiro, isso acontece quando uma pessoa, escritório ou instituição coloca seus próprios interesses à frente daqueles a quem deveria representar. Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de um gerente bancário. Geralmente, ele conta com metas de vendas de produtos financeiros definidas pelo seu empregador. Logo, nem sempre ele indica essas opções por serem melhores para o cliente, mas para cumprir suas metas. Outra situação pode se dar com o assessor de investimentos. Caso seja um profissional comissionado, há chance de ele apresentar investimentos que garantem uma comissão maior, mesmo que não sejam os mais adequados aos objetivos do investidor . Como esse fator pode afetar o desempenho da sua carteira? Sabendo o que é o conflito de interesses, é hora de entender como ele pode afetar o desempenho da sua carteira. Você viu que quando um profissional é influenciado por metas, comissões ou incentivos de terceiros, a estratégia da carteira pode ser desviada do que faria sentido para o cliente. Por exemplo, um investidor pode acabar exposto a ativos mais arriscados do que tolera porque eles geram bonificações maiores para o profissional. Da mesma forma, a diversificação pode ser comprometida, priorizando ativos de uma única instituição — que paga maiores comissões. Como resultado, o investidor corre o risco de ter uma performance diferente da esperada, além de poder estar mais suscetível a perdas em cenários de crise. Assim, ele tende a ficar cada vez mais distante do seu objetivo, seja rentabilizar a carteira, proteger seu patrimônio, entre outros. Como evitar o conflito de interesses ao investir? Uma das formas de evitar o conflito de interesses na hora de investir é buscar por gestores independentes. Eles são profissionais ou empresas que não estão vinculados a instituições específicas, portanto, não estão restritos ao portfólio de investimentos delas. Ao não receberem comissões de bancos ou corretoras por produtos recomendados, os gestores podem atuar de forma mais transparente e personalizada. Ademais, a sua remuneração é paga pelo próprio cliente, garantindo uma atuação alinhada ao interesse do seu contratante. Essa transparência na relação fortalece a confiança no serviço prestado e favorece decisões mais racionais e eficazes. Isso porque a seleção dos investimentos e a sua gestão será baseada no perfil do investidor e nos seus objetivos, em busca dos melhores resultados para ele. Como você viu, o conflito de interesses é um risco silencioso — mas real — no mercado financeiro. Optar por uma gestão independente e transparente pode ser um passo importante para evitá-lo, em busca de construir uma carteira sólida e que atenda às suas necessidades. Quer começar a investir com o suporte de uma gestora de recursos independente? Entre em contato com a Maza Invest e tire todas as suas dúvidas !
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Olá! Como vai? O ano de 2025 tem sido desafiador para a economia, com acontecimentos relevantes que o investidor precisa acompanhar. Assim, é possível compreender como eles impactam a sua carteira. Entre os destaques estão as tensões nas relações comerciais internacionais por conta das tarifas recíprocas entre grandes economias, que também afetam o Brasil. No cenário local, a inflação alta e a elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia, são os pontos de alerta. Neste boletim da Maza Invest , você entenderá mais sobre o contexto econômico, assim como as suas eventuais oportunidades e os riscos que surgem. Boa leitura! Cenário nacional O Brasil está lidando com os reflexos do ajuste na taxa de juros, da inflação acima da meta e das tarifas globais. Entenda o cenário! Copom eleva novamente a taxa básica de juros O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.) na reunião de maio. Com a medida, ela atingiu 14,75% ao ano (a.a.) . Esse é o maior nível da Selic desde 2006. A decisão, unânime entre os nove membros do comitê, representa a sexta alta consecutiva da taxa básica de juros. O Copom não forneceu uma orientação clara sobre os próximos passos, destacando a necessidade de cautela diante de um cenário de elevada incerteza interna e externamente. Ainda, o órgão deve avaliar os efeitos acumulados das medidas anteriores. O comitê enfatizou que a política monetária continuará sendo guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta. Então novas decisões dependem da evolução da dinâmica do avanço dos preços e das projeções e expectativas inflacionárias, entre outras análises. Inflação apresenta sinais de recuo A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,43% em abril de 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o segundo mês seguido de desaceleração. Ainda assim, esse foi o maior índice para abril desde 2023 (0,61%) — e superior ao resultado de abril de 2024 (0,38%). No acumulado de 12 meses, o IPCA alcançou 5,53% , superando a meta central de 3% do Governo, com margem de tolerância de 1,5 p.p. Investimentos de destaque Na avaliação da Maza Invest , o cenário de inflação alta e elevação da taxa Selic é desconfortável para o mercado de crédito, gerando cautela relacionada a inadimplência e mora. Mas não há espaço para se pensar em redução no momento. Por outro lado, abril foi positivo para ações e fundos imobiliários (FIIs) . Nossos analistas destacam a resposta positiva de índices como o IBOV, que subiu 3,69% entre 1º e 30 de abril, e o IFIX, que avançou 3,01% no mesmo período. Mas o destaque ainda está nos títulos de renda fixa, por conta do cenário econômico, que evidencia alternativas com menos risco e atreladas a indicadores como Selic e IPCA. Cenário internacional No contexto internacional, as tarifas de importação entre os países ainda são um tema importante que vem afetando a macroeconomia. Em 12 de maio, Estados Unidos e China anunciaram uma redução temporária das tarifas por 90 dias. As taxas norte-americanas sobre produtos chineses cairão de 145% para 30%, enquanto as chinesas sobre itens dos EUA passarão de 125% para 10% — uma redução total de 115%. O acordo foi fechado após negociações em Genebra para conter os prejuízos da guerra comercial e amenizar tensões no comércio bilateral, que movimentou mais de US$ 660 bilhões em 2024. As reuniões foram descritas como “francas e construtivas” por ambos os lados. Ademais, o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, decidiu manter a taxa de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% a.a . na reunião de maio, conforme era esperado pelo mercado. O Fed observou um aumento da incerteza do cenário econômico, indicando riscos crescentes tanto para a inflação quanto para o desemprego. Apesar disso, a economia do país segue forte e com pleno emprego. A decisão aumenta a atenção para a trajetória dos juros nos EUA, especialmente diante das pressões inflacionárias persistentes e dos desafios econômicos atuais. Principais indicadores Você viu os principais acontecimentos dos cenários nacional e internacional em abril e início de maio. Agora, vale conferir os registros dos indicadores mais relevantes no mês. Os dados de 1º a 30 de abril são: 
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