Maza Vision - Julho/2025
Olá! Como vai?
O segundo semestre de 2025 já começou trazendo destaques importantes para o mercado financeiro brasileiro, especialmente relacionados à política internacional.
Logo na primeira semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras.
Além disso, a Selic elevada e a inflação em alta continuam a influenciar a política monetária nacional.
Neste boletim da Maza Invest, você entenderá o que movimentou o mercado até agora e a que deve ficar atento para o futuro. Acompanhe a leitura!
Cenário nacional
Internamente, o Brasil continua lidando com juros em um patamar alto — o maior desde 2006 — e uma inflação persistente. Adicionalmente, o cenário fiscal segue em foco.
Saiba mais!
Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e eleva tensão comercial
Em um movimento que intensifica a tensão diplomática entre Brasil e EUA, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto.
A medida foi comunicada por meio de carta e é interpretada como retaliação política. O conteúdo faz referência direta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, também com críticas à atuação da Corte em decisões sobre plataformas digitais americanas.
Trump ainda alegou que o Brasil adota práticas comerciais injustas que prejudicam os interesses dos EUA. No entanto, dados do Ministério do Desenvolvimento indicam o superávit para o lado norte-americano.
A resposta do Governo brasileiro destaca a soberania das instituições nacionais, avaliando uma reação baseada na Lei de Reciprocidade Econômica.
O setor exportador acompanha o desdobramento com atenção, especialmente em áreas como siderurgia, aviação, petróleo e agronegócio.
Do ponto de vista da Maza Invest, a promessa do Governo brasileiro de retaliação pode levar a novos aumentos de tarifas pelo lado dos EUA. Contudo, a decisão tem tom mais político do que macroeconômico e uma reversão é possível.
Copom eleva a Selic para 15% ao ano e sinaliza fim do ciclo de alta
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando os juros básicos da economia a 15% ao ano — maior nível desde 2006.
O Copom justificou o ajuste com base nas incertezas do cenário econômico e reforçou que deve manter os juros no atual patamar por um período prolongado, sem novas altas.
A medida marca a sétima elevação consecutiva da Selic, encerrando um ciclo iniciado em setembro de 2024. Com a taxa em dois dígitos, o crédito fica mais caro, pressionando empresas e consumidores.
Inflação oficial acumula 5,35% em 12 meses e supera teto da meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho registrou alta de 0,24%, resultado levemente abaixo do patamar de 0,26% de maio.
No acumulado de 12 meses, o índice alcançou 5,35%, acima do limite superior da meta contínua de 4,5%, configurando seu descumprimento formal.
A persistência da inflação acima do teto levará o Banco Central a emitir nova carta explicativa ao Ministério da Fazenda, como prevê o regime de metas.
O resultado mantém o cenário de pressão inflacionária no curto prazo, justificando a postura cautelosa do Copom ao elevar a Selic para 15% ao ano na última reunião.
Investimentos de destaque
Na visão da Maza Invest, existe uma tendência de convergência da inflação para a meta. Nesse sentido, apesar da elevação recente, a desaceleração da atividade econômica começa a ganhar força e pode antecipar um movimento de flexibilização monetária, embora não haja clareza.
Esse cenário reforça a atratividade dos investimentos em renda fixa, inclusive no crédito privado. Mesmo em um contexto de possível queda dos juros, o segmento tende a se beneficiar de taxas, do ponto de vista de inadimplência e mora.
Cenário internacional
O Federal Reserve (Fed) manteve os juros dos Estados Unidos na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano pela quarta vez consecutiva.
A decisão unânime era amplamente esperada, mas veio acompanhada de sinais de cautela, em especial diante da política tarifária do presidente Donald Trump.
Apesar das pressões por cortes imediatos, o Fed reiterou que seguirá aguardando mais dados antes de ajustar sua política monetária.
A escalada tarifária, combinada à inflação acima da meta, pressiona os preços internos e derruba a confiança de empresas e consumidores. No primeiro trimestre, o PIB dos EUA recuou 0,3% em taxa anualizada, contrariando as projeções.
Enquanto isso, a manutenção dos juros em patamar elevado tende a fortalecer o dólar, atrair capital para os Treasuries e reduzir o apetite por ativos de risco em países emergentes. A projeção é de pressão adicional sobre o câmbio e os juros no Brasil.
Principais indicadores
Depois de acompanhar os destaques da economia brasileira e do cenário global, é hora de revisar os principais números do período.
Observe os dados consolidados entre 1º e 30 de junho:

Estratégias Maza Invest nesse cenário
Ao alcançar os 15% ao ano, a Selic reacendeu o alerta para o impacto dos juros altos sobre a atividade econômica.
Ao mesmo tempo, a inflação segue resistente e o cenário internacional impõe desafios adicionais, porém, há tendência de alinhamento à meta.
Nesse contexto, mantemos nosso posicionamento em estratégias de renda fixa pós-fixada, indexada aos juros.
O ambiente segue favorável a ativos com maior previsibilidade de retorno, especialmente em um ciclo que não deu sinais claros de reversão.
Também estamos atentos ao mercado de crédito privado, que pode se beneficiar de um possível arrefecimento da atividade econômica.
Confira as rentabilidades das estratégias da Maza de junho:
- High Grade Liquidez: 1,12%, equivalente a 102% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
- High Grade Curto Prazo: 1,22% — 112% do CDI;
- High Yield: 1,44% — 131% do CDI.
Você sabia?
Aqui na Maza, a recomendação de investimentos não tem foco só em produtos e rentabilidades. Após mapear as melhores possibilidades do mercado, cruzamos essas alternativas com os seus objetivos pessoais para montar carteiras mais estratégicas.
Como visto, o momento econômico exige atenção. A combinação de juros elevados, inflação fora da meta e pressões vindas do exterior pede um olhar estratégico para proteger seu patrimônio e buscar rentabilidade.
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