O dilema dos títulos públicos atrelados à inflação

ago. 03, 2022

Gestor de investimento da Maza Invest, Abner de Oliveira, fala sobre os desafios dos investidores.

ABNER DE OLIVEIRA

Maza Invest

 

Investidores de títulos públicos atrelados à inflação vivem um dilema.

Explico: os papéis estão perdendo valor. Enquanto o CDI dá sinais de estabilização na faixa dos 13% a 14%, o IPCA desacelera. A prévia de julho foi de 0,13% - puxada pelos combustíveis, é a menor variação desde junho de 2020 – e a expectativa do índice para o fim do ano não passa de 8% atualmente.

Isso significa que títulos públicos atrelados ao IPCA, como é o caso dos pós-fixados mais populares, estão rendendo abaixo do CDI.

Quem comprou títulos para se defender da inflação está vendo esses ativos entregando rentabilidade negativa na carteira em todos os vencimentos. Até mesmo fundos de renda fixa de curtíssimo prazo, que também alocam em títulos públicos, estão sofrendo.

Este é um momento relevante porque nem todo investidor que atua por conta própria está atento para fazer alterações na carteira. Quem é cliente de carteira administrada não precisaria se preocupar tanto, já que sua gestora de investimentos deveria estar atenta.

E qual é o antídoto para isso? Ou ter feito ajustes na carteira no tempo certo, o que muita gente não fez, ou aguardar o título vencer para receber o investimento corrigido, mas ficando com um ativo de risco na carteira.

Esse cenário ainda não tem prazo para acabar, pois a inflação deve continuar caindo por mais tempo. Os títulos públicos atrelados a ela devem seguir entregando rentabilidade negativa ou inferior ao CDI.

 

Quer saber mais? Peça uma simulação do seu investimento atual aos especialistas da Maza. 

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Na semana passada, o banco Itaú veiculou uma propaganda em horário nobre em que um ator se mostrava arrependido por ter “investido em corretora”. A peça ironizava ainda o assessor de investimentos que, ligado à tal corretora, não parava de telefonar para o cliente indicando novos investimentos, em busca de melhorar sua comissão. O filme deu o que falar. A maior rede comercial de investimentos do Brasil, a XP, respondeu através de um duro comunicado, em que acusa os bancos de preferirem o “Brasil do passado, com juros altos e baixa concorrência”. E defendeu o modelo de comissionamento dos assessores XP, argumentando que o modelo é “transparente”. A campanha tocou em pontos importantes. O investidor brasileiro atua majoritariamente através dos bancos de varejo e tem pouco conhecimento das possibilidades que estão à sua disposição no mercado. Considera que investir através do banco é mais seguro, ignorando que o risco dos investimentos está principalmente na escolha dos ativos que irão compor a sua carteira e não na corretora. E como não é fácil escolher investimentos, ele acaba dependendo da intermediação de agentes que, às vezes, operam de forma pouco clara. Nesse sentido, o Itaú e a XP são muito parecidos. Ambas as empresas se utilizam do mesmo modelo comercial, que está baseado em remunerar o agente em cima do que ele recomenda ao cliente. Todos os produtos apresentados por um gerente de banco ou por um assessor de investimentos pagam comissão e rebates. Além disso, estes profissionais estão subordinados a metas de vendas e captação. As duas entidades também são pouco transparentes em relação a essas regras. É raro que um cliente saiba quanto cada produto paga de comissão ao agente. Muitos, sequer, se interessam pelo assunto. Não é errado “ganhar dinheiro”, como diz o presidente da XP. E o modelo descrito acima não é ilegal, ao contrário. Mas não dá para dizer que ele prioriza o cliente. Em resposta à controvérsia, a Anbima (entidade autorreguladora do mercado) emitiu nota informando que defendeu junto à CVM que a remuneração dos agentes (e outros custos) seja aberta ao investidor: “Acreditamos na transparência como norte para a atuação das instituições, especialmente no relacionamento com o cliente”. E complementa: “todos esses movimentos fortalecem a indústria de gestão, cujo papel estratégico se faz ainda mais relevante diante da busca por diversificação, especialmente no atual cenário econômico”. Gestão é o que a Maza faz. Monitoramos milhares de ativos financeiros e o contexto econômico atual para definir quais são os melhores investimentos para cada carteira. Auditamos e reportamos ao cliente cada lançamento, cada taxa, cada custo. E não podemos receber comissões ou rebates: a única remuneração da empresa é a mensalidade paga pelo cliente. Ao contratar a gestão, o cliente sabe que o seu investimento não tem vícios de escolha, e nem custos escondidos para remunerar agentes comerciais. Além disso, em algumas das corretoras de mercado, o cliente da gestão faz jus ao recebimento das taxas de promoção comercial que alguns produtos pagam. Já que a Maza não pode receber esses valores, eles são devolvidos diretamente ao cliente.  Não é apenas mais ético: também entrega melhores resultados .
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